sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Química, até no ano novo...


Quem ja passou o fim de ano na praia, seja lá qual for, viu algumas coisas interessantes: Cerveja e champagne, macumba, homem vestido de mulher no tradicional bloco das piranhas, e fogos de artifício.

Quem já se perguntou como são feitos os fogos de artifício, e de onde saem tantas cores?
Essa e muitas outras perguntas puderam ser respondidas com o conceito de átomo proposto por Niels Bohr (1885 -1962).

Com todo o conhecimento de ciência que estava presente na época, a idéia de átomo mais aceitável tinha sido dada por seu professor Ernest Rutherford, com o modelo onde os elétrons estariam em uma órbita girando em torno do núcleo atômico. Mas pela física clássica, sendo os elétrons partículas negativas e os prótons partículas positivas, elas iriam tender a se chocar. Dessa maneira o modelo de Rutherford foi contestado.

Então Niels Bohr teve uma brilhante idéia, ele imaginou que os elétrons estariam em camadas ou níveis de energia. Então quando um elétron ganhava energia, ele iria para uma camada de maior energia, e quando ele parava de receber energia ele voltava para a sua camada original.

Mas como já ouvimos muito falar, “Na natureza nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma”. Essa energia que o elétron estará liberando para voltar a camada original será emitida em forma de luz...

Daí vem as luzes coloridas que nos questionamos no inicio do texto.

Nos fogos de artifício:

Eles são compostos por pólvora, que é uma mistura de Nitrato de potássio, carvão e enxofre, e um sal que irá gerar a cor necessária no espetáculo.

Amarelo......................Sais de sódio, tais como: NaNO3, Na3AlF6 e NaCl

Azul............................Sais de cobre, tais como: CuCl e Cu3As2O3Cu(C2H3O2)2

Laranja....................... Sais de cálcio, tais como: CaCl2, CaSO4 e CaCO3

Vermelho.....................Sais de estrôncio e lítio, tais como: SrCO3 e Li2CO3

Verde...........................Sais de bário, tais como: Ba(NO3)2 e BaCl2

Esbranquiçado............ Alumínio e magnésio, metálicos ou sais

Com esses sais são criados alguns dos efeitos luminosos existentes nas grandes festas de Reveillon.

Desejo a todos que acompanham esse blog, um ótimo ano novo com muita saude e paz!

Abraços do Roberto

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Refrigerecos...


Mais um e-mail muito maneiro que eu recebi uma vez do professor Brasil, sendo uma postagem anônima sobre os refrigerantes não fui checar todos os dados, mas é extremamente interessante a leitura.



Na verdade, a fórmula "secreta" da Coca-Cola se desvenda em 18 segundos em qualquer espectrômetro-ótico, e basicamente até os cachorros a conhecem. Só que não dá para fabricar igual, a não ser que você tenha uns 10 bilhões de dólares para brigar com a Coca-Cola na justiça, porque eles vão cair matando. A fórmula da Pepsi tem uma diferença básica da Coca-Cola e é proposital exatamente para evitar processo judicial. Não é diferente porque não conseguiram fazer igual não, é de propósito, mas próximo o suficiente para atrair o consumidor da Coca-Cola que quer um gostinho diferente com menos sal e açúcar. Entre outras coisas, fui eu quem teve que aprender tudo sobre refrigerante gaseificado para produzir o guaraná Golly aqui (nos EUA),

que usa o concentrado Brahma. Está no mercado até hoje, mas falhou terrivelmente em estratégia promocional e vende só para o mercado local, tudo isso devido à cabeça dura de alguns diretores.Tive que aprender química, entender tudo sobre componentes de refrigerantes, conservantes, sais, ácidos, cafeína, enlatamento, produção de label de lata, permissões, aprovações e muito etc. e tal. Montei um mini-laboratório de análise de produto, equipamento até para analisar quantidade de sólidos, etc.
Até desenvolvi programas para PC para cálculo da fórmula com base nos volumes e tipo de envasamento (plástico ou alumínio), pois isso muda os valores e o sabor. Tivemos até equipe de competição em stock-car.Tire a imensa quantidade de sal que a Coca-Cola usa (50mg de sódio na lata) e você verá que a Coca-Cola fica igualzinha a qualquer outro refrigerante sem-vergonha e porcaria, adocicado e enjoado. É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser "very low sodium") que refresca e ao mesmo tempo dá sede em dobro, pedindo outro refrigerante, e não enjoa porque o tal sal mata literalmente a sensibilidade ao doce, que também tem de montão: 39 gramas de açúcar"(sacarose). É ridículo, dos 350 gramas de produto líquido, mais de 10% é açúcar. Imagine numa lata de Coca-Cola, mais de 1 centímetro e meio da lata é açúcar puro... Isso dá aproximadamente umas 3 colheres de sopa CHEIAS DE AÇÚCAR POR LATA !...
- Fórmula da Coca-Cola?...
Simples: Concentrado de Açúcar queimado - Caramelo - para dar cor escura e gosto; ácido ortofosfórico (azedinho); sacarose - açúcar (HFCS - High Fructose Corn Syrup - açúcar líquido da frutose do milho); extrato da folha da planta COCA (África e Índia) e poucos outros aromatizantes naturais de outras plantas, cafeína, e conservante que pode ser Benzoato de Sódio ou Benzoato de Potássio, Dióxido de carbono de montão para fritar a língua quando Você a toma e junto com o sal dar a sensação de refrigeração. O uso de ácido ortofosfórico e não o ácido cítrico como todos os outros usam, é para dar a sensação de dentes e boca limpa ao beber, o fosfórico literalmente frita tudo e em quantidade pode até causar decapamento do esmalte dos dentes, coisa que o cítrico ataca com muito menor violência, pois o ortofosfórico "chupa" todo o cálcio do organismo, podendo causar até osteoporose, sem contar o comprometimento na formação dos ossos e dentes das crianças em idade de formação óssea, dos 2 aos 14 anos.
Tente comprar ácido fosfórico para ver as mil recomendações de segurança e manuseio (queima o cristalino do olho, queima a pele, etc.). Só como informação geral, é proibido usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante, só a Coca-Cola tem permissão... (claro, se tirar, a Coca-Cola ficará com gosto de sabão). O extrato da coca e outras folhas quase não mudam nada no sabor, é mais efeito cosmético e mercadológico, assim como o guaraná, você não sente o gosto dele, nem cheiro, (o verdadeiro guaraná tem gosto amargo) ele está lá até porque legalmente tem que estar (questão de registro comercial), mas se tirar você nem nota diferença no gosto. O gosto é dado basicamente pelas quantidades diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais, ácidos e conservantes. Tem uma empresa química aqui em Bartow, sul de Orlando. Já visitei os caras inúmeras vezes e eles basicamente produzem aromatizantes e essências para sucos.
Sais concentrados e essências o dia inteiro, caminhão atrás de caminhão! Eles produzem isso para fábricas de sorvete, refrigerantes, sucos, enlatados, até comida colorida e aromatizada.Visitando a fábrica, pedi para ver o depósito de concentrados das frutas, que deveria ser imenso, cheio de
reservatórios imensos de laranja, abacaxi, morango, e tantos outros (comentei). O sujeito olhou para mim, deu uma risadinha e me levou para visitar os depósitos imensos de corantes e mais de 50 tipos de componentes químicos. O refrigerante de laranja, o que menos tem é laranja; morango,
até os gominhos que ficam em suspensão são feitos de goma (uma liga química que envolve um semipolímero). Abacaxi é um festival de ácidos e mais goma.
Essência para sorvete de Abacate? Usam até peróxido de Hidrogênio (água oxigenada) para dar aquela sensação de arrasto espumoso no céu da boca ao comer, típico do abacate. O segundo refrigerante mais vendido aqui nos Estados Unidos é o Dr. Pepper, o mais antigo de todos, mais antigo que a própria Coca-Cola. Esse refrigerante era vendido obviamente sem refrigeração e sem gaseificação em mil oitocentos e pedrada, em garrafinhas com rolha como medicamento, nas carroças ambulantes que você vê em filmes do velho oeste americano. Além de tirar dor de barriga e unha encravada, também tirava mancha de ferrugem de cortina, além de ajudar a renovar a graxa dos
eixos das carroças. Para quem não sabe, Dr. Pepper tem um sabor horrível, e é muito fácil de experimentar em casa: pegue GELOL spray, aquele que você usa quando leva um chute na canela, e dê um bom spray na boca! Esse é o gosto do tal famoso Dr.Pepper que vende muito por aqui.

Refrigerante DIET
Quer saber a quantidade de lixo que tem em refrigerante diet? Não uso nem para desentupir a pia, porque tenho pena da tubulação de pvc... Olha, só para abrir os olhos dos cegos: os produtos adocicantes diet têm vida muito curta. O aspartame, por exemplo, após 3 semanas de molhado passa a ter gosto de pano velho sujo. Para evitar isso, soma-se uma infinidade de outros químicos, um para esticar a vida do aspartame, outro para dar buffer (arredondar) o gosto do segundo químico, outro para neutralizar a cor dos dois químicos juntos que deixam o líquido turvo, outro para manter o terceiro químico em suspensão, senão o fundo do refrigerante fica escuro, outro para evitar cristalização do aspartame, outro para realçar, dar " edge" no ácido cítrico ou fosfórico que acaba sofrendo pela influência dos 4 produtos químicos iniciais, e assim vai...
A lista é enorme. Depois de toda essa minha experiência com produção e estudo de refrigerantes, posso afirmar: Sabe qual é o melhor refrigerante? Água filtrada, de preferência duplamente filtrada, laranja ou limão espremido e gelo... Mais nada !!! Nem açúcar, nem sal.
(AUTOR: ANÔNIMO - por motivos óbvios)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

As 10 Inacreditáveis propagandas antigas de cocaína e outras drogas




Muitas drogas de hoje eram consideradas remedios no passado. Eu ja
tinha escrito sobre isso no primeiro post que escrevi sobre drogas, mas nao tinha pesquisado a fundo. Quando um amigo, Laerte Mourão,enviou um e-mail com esse tópico e algumas fotos das embalagens dos remédios que realmente caiu a ficha. Por isso esse post é em homenagem a ele.

10-HEROINA DA BAYER





Um frasco de heroína da Bayer. Entre 1890 a 1910 a heroína era divulgada como um substituto não viciante da morfina e remédio contra tosse para crianças.

9-VINHO DE COCA


O vinho de coca da Metcalf era um de uma grande quantidade de vinhos que continham coca disponíveis no mercado. Todos afirmavam que tinham efeitos medicinais, mas indubitavelmente eram consumidos pelo seu valor “recreador” também.

8-VINHO MARIANI



O Vinho Mariani (1865) era o principal vinho de coca do seu tempo. O Papa Leão XIII carregava um frasco de Vinho Mariani consigo e premiou seu criador, Angelo Mariani, com uma medalha de ouro.


7-MALTINE


Esse vinho de coca foi feito pela Maltine Manufacturing Company de Nova York. A dosagem indicada diz: “Uma taça cheia junto com, ou imediatamente após, as refeições. Crianças em proporção.”

6-PESO DE PAPEL



Um peso de papel promocional da C.F. Boehringer & Soehne (Mannheim, Alemanha), “os maiores fabricantes do mundo de quinino e cocaína”. Este fabricante tinha orgulho em sua posição de líder no mercado de cocaína.


5-GLICO-HEROINA


Propaganda de heroína da Martin H. Smith Company, de Nova York. A heroína era amplamente usada não apenas como analgésico, mas também como remédio contra asma, tosse e pneumonia. Misturar heroína com glicerina (e comumente açúcar e temperos) tornada o opiáceo amargo mais palatável para a ingestão oral.

4-ÓPIO PARA ASMA



Esse National Vaporizer Vapor-OL era indicado “Para asma e outras afecções espasmódicas”. O líquido volátil era colocado em uma panela e aquecido por um lampião de querosene.


3-TABLETES DE COCAÍNA



Estes tabletes de cocaína eram “indispensáveis para cantores, professores e oradores”. Eles também aquietavam dor de garganta e davam um efeito “animador” para que estes profissionais atingissem o máximo de sua performance.


2-DROPS DE COCAÍNA- PARA DOR DE DENTE




Drops de cocaína para dor de dente (1885) eram populares para crianças. Não apenas acabava com a dor, mas também melhorava o “humor” dos usuários.


1-ÓPIO PARA BEBÊS RECÉM NASCIDOS



Você acha que a nossa vida moderna é confortável? Antigamente para aquietar bebês recém-nascidos não era necessário um grande esforço dos pais, mas sim, ópio.
Esse frasco de paregórico (sedativo) da Stickney and Poor era uma mistura de ópio de álcool que era distribuída do mesmo modo que os temperos pelos quais a empresa era conhecida.
“Dose – [Para crianças com] cinco dias, 3 gotas. Duas semanas, 8 gotas. Cinco anos, 25 gotas. Adultos, uma colher cheia.”
O produto era muito potente, e continha 46% de álcool.
Excelente email recebido, que nas pesquisas antes de postar me levaram aos seguintes sites

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A química do Gudang Garam



O cigarro de cravo, conhecido como kretek foi criado no fim do século XIX ao mistura-se folhas de tabaco e cravo. Seu principal objetivo eram os efeitos medicinais dessa mistura, mas hoje é vendido como um cigarro comum.
As principais marcas são: Bentoel, Djarum, Gudang Garam, Jakarta, Sampoerna, Dji Sam Soe e WismilakTerong.

Sendo que o Gudang Garan é a maior fabricante de cigarros da Indonésia e utilizam uma mistura de diferentes tipos de tabaco, folhas, ervas, e substâncias aromáticas.
É tão popular em Niterói tais cigarros que chega ser alvo de piadas como essas que estão na Desciclopédia.

“Niterói é povoado majoritariamente por índios metidos a cariocas e pseudo-meliantes fumadores de Gudang Garam.”
“Os nativos de Niterói, passam o dia na praia, fumando um cigarro de cravo chamado Gudang Garam e se alimentam de italiano, um salgado assado de massa enrolada com presunto e queijo.”

Riscos para saúde

Segundo dados do CDC, fumar Gudang Garam aumenta o risco de ferimento agudo no pulmão, especialmente entre indivíduos suscetíveis, seja com asma seja com infecções respiratórias. Os dados do CDC foram comprovados pela Conprev, que mediu por Gudang, em média, 3 vezes mais alcatrão, nicotina e monóxido de carbono que em cigarros comuns.

Além dos riscos maiores que de um cigarro comum, o Eugenol é um anestésico que pode produzir tonturas e até mesmo paralisia respiratória, dependendo da sensibilidade do indivíduo.
O Eugenol é um óleo essencial que confere ao cravo seu aroma. Cravos de boa qualidade contém até 15% dessa substância. Seu nome de acordo com a IUPAC é: 4-Alil-2-Metoxifenol, e sua estrutura química é:


Ele é usado como anestésico tópico por alguns dentistas, e misturando o metileugenol com uma amina, temos o 3,4 dimetoxianfetamina, ou 3,4-DMA que é uma droga muito consumida nas raves americanas.

Na Indonésia os estudos mostraram que os fumantes regulares têm de 13 a 20 vezes o risco de uma função anormal do pulmão comparados com os não fumantes.

Alguns efeitos perigosos dos cigarros de cravo-da-índia:

• Fumar eugenol através dos cigarros pode deixar a garganta dormente e danificar os reflexos da faringe/laringe.
• O efeito anestésico pode fazer com que alimentos ou líquidos entrem pelas vias erradas.
• Infecções do pulmão já que os cigarros de cravo-da-índia são inalados e exalados após um período longo.
• Reações alérgicas.
• Doenças respiratórias.

Conseqüências para ao jovens


“Kreteks são mais consumidos alternativamente por pessoas abaixo dos 30 anos, por serem considerados seguros, exóticos e até “maneiros”, e diferentes dos cigarros regulares, de acordo com estudos.
No Brasil, o consumo vem crescendo entre os adolescentes, que também acreditam que tais produtos “naturais” não façam mal à saúde. Nos EUA, em pesquisa realizada de setembro a outubro de 1999, foi apurado que 12,8% dos estudantes de 5ª à 8ª séries e 34,8% do ensino médio usam algum tipo de produto de tabaco (dentre eles os kreteks). No Brasil, em 12 capitais brasileiras, em 2002/2003, um estudo entre escolares e mostrou uma taxa de experimentação de 36 a 58% no sexo masculino e de 31 a 55% no sexo feminino.”

Gudang Garam e a maconha...

Há boatos de que o Gudang Garam possua cerca de 7% de maconha, mas não foi apresentado, em pesquisas, a presença do THC ( Tetra hidro canabiol) que é o principio ativo da maconha. O efeito de ligeira queda de pressão e diminuição da ansiedade vem do nível elevado da nicotina.

Fontes: http://www.qmc.ufsc.br/organica/exp10/eugenol.html
http://chapado.wordpress.com/2008/03/15/cigarros-de-bali-sao-naturais-nao-e/

Quem quiser ler o principal artigo sobre o assunto, o link é

http://www.pubmedcentral.nih.gov/pagerender.fcgi?artid=1026937&pageindex=1#page

domingo, 14 de dezembro de 2008

Beber, cair, levantar...



Um pouco de história


Muitos acreditam que o álcool surgiu no período Neolítico, também conhecido como idade da pedra polida, que é aproximadamente 8.000 a.c, no qual começa a surgir a agricultura, a cerâmica e o homem passa de nômade para sedentário. Sendo feito a partir de um processo natural de fermentação, ele passou a ser utilizado pelos Celtas, Gregos, Romanos, Egípcios, entre outros povos.

O primeiro porre...

O primeiro relato de porre está na bíblia, livro da gênesis 9.21, com a passagem “... bebendo vinho, embriagou-se, e se pôs nu dentro de sua tenda”. Contando sobre o nosso querido Noé. O fato pode ser compreendido se nos colocarmos no lugar de um senhor que recebeu a notícia que o mundo iria depender dele. E ele está em um barco com sua mulher, seus filhos, possivelmente sua sogra, e praticamente todos os belos animais existentes no mundo, que comem e defecam toneladas de alimento todo dia. Sem contar que foram quarenta e tantos dias de chuva.


Na Grécia, graças ao bom solo, o cultivo de uva e a produção de vinho se tornaram muito populares. Tendo muitas manifestações em agradecimento aos deuses.

No Egito, a crença era que a cerveja e o vinho eliminavam germes, por isso eles eram utilizados como remédios.

Na idade média a Igreja Católica passa a considerar o porre, ou a bebedeira, como um pecado.

Na idade contemporânea o uso excessivo de álcool passa a ser visto como doença, fazendo com que a França, no século XX, estipule a idade mínima para o consumo de bebida alcoólica como 18 anos.

Em 1952 com a primeira edição do DSM-I (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) que o alcoolismo passou a ser tratado como doença.

Seu consumo excessivo


“Consumo excessivo traz aplicações no sistema digestivo, podendo resultar em câncer na boca, faringe, laringe e esôfago, atrofia do cérebro, demência, icterícia, teleangioma (ruptura dos vasos sanguíneos da superfície), eritema palmar, varizes abdominais, fluído abdominal, atrofia testicular, pancreatite, edema de tornolzelos, tendência a sangramento fácil, tremor, aumento do braço, cirrose, vasos sanguíneos dilatados, coração aumentado e enfraquecido, etc. Afeta a capacidade intelectual, memória e destrói a vida social e afetiva do dependente.”

Lei seca

“A nova Lei 11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, deve provocar uma mudança de hábitos da população brasileira. O consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas por condutores de veículos está proibido. Antes, era permitida a ingestão de até 6 decigramas de álcool por litro de sangue (o equivalente a dois copos de cerveja).
Quem for pego dirigindo depois de beber, além da multa de R$ 955, vai perder a carteira de motorista por 12 meses.” g1.globo

Essa lei não existe a toa, muitas pessoas estavam morrendo em acidentes de trânsito, sendo que muitas delas estavam com o nível de álcool no sangue elevado.

Os efeitos do álcool em cada pessoa depende do metabolismo individual, mas como uma média temos a seguinte tabela.




Esse aumento de fiscalização já esta gerando resultados positivos e muitas manchetes aparecem.

“Número de mortes cai nas estradas federais após a lei seca”
“Número de mortos nas estradas do Rio cai 33% nas férias de julho”
Folha online


Como já foi dito anteriormente o interesse nessas matérias não é descriminar e nem fazer apologia, é informar. Porque acredito que o jovem bem informado deixa de ser um peso pra sociedade e passa a ser dono de suas próprias atitudes de forma que suas ações são planejadas.
E quanto a lei seca, espero que esse resultado continue sendo significativo e a fiscalização continue sendo mantida.


Fontes:

http://www.cisa.org.br/novo_home.php
http://www.folha.uol.com.br/
http://g1.globo.com/

sábado, 13 de dezembro de 2008

Festa química



Maneira excelente de mostrar para os alunos o que é uma ligação quimica e como ela ocorre. A existência de uma atração entre os átomos, como nos seres humanos, e mostrar também alguns tipos de reações.

O video começa mostrando a atração existente entre hidrogênio e carbono, de forma que o carbono pode se ligar com quatro hidrogênios.

O nosso afamado cloreto de sódio (NaCl), sal de cozinha, que é separado através de eletricidade. Ou seja, a eletrólise, ja que o processo de quebra 2NaCl---> 2Na + Cl2 não é expontâneo.

A quebra da ligação do O2 pelo hidrogênio, e a reação energica do potássio com a agua (Para melhor explicaçao vá no post reatividade dos metais alcalinos em agua) .

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Vamos precisar de um novo timmy!! - Nitroglicerina




A nitroglicerina, ou trinitrato de glicerina, é conhecida por ser bastante explosiva. Foi descoberta pelo Italiano Ascanio Sobreno, em 1846. Ela é feita a partir da mistura de glicerina com ácido nítrico e ácido sulfúrico. Sobreno, estudando o efeito do ácido nitrico sobre alguns compostos organicos pingou o glicerol em uma mistura de acido sulfurico e nitrico e derramou a mistura resultante em agua. Com isso houve a separaçao de uma camada oleosa que foi denominada de nitroglicerina.

Sobreno, no auge de sua curiosidade provou a sua descoberta e registrou o seguinte comentário:

"Um traço posto sobre a língua, mas não engolido, provoca uma dor de cabeça extremamente pulsante e violenta, acompanhada de grande fraqueza dos membros."


Posteriormente foi descoberto que essa dor intensa era provocada por uma grande dilatação dos vasos sanguineos. Essa substância, então, passou a ser utilizada para tratamento de doenças do coração. O primeiro a descrever os benefícios da nitroglicerina foi Lauder Brunton em 1867. E atualmente quase todos os medicamentos usados para dilataçao de coronárias são derivados dessa substância.

Esses derivados também são utilizados no viagra e suplmentos alimentares. Um derivado muito interessante foi descoberto por Alfred Nobel durante seus muitos experimentos com o intuito de aumentar a estabilidade da nitroglicerina. Ele a misturou com alguns solidos neutros, serragem, cimento e carvão vegetal em pó. Dessa pesquisa saiu o dinamite, até hoje muito empregado.

Fórmula e reação de obtenção:



E esse é um pouco da história e obtenção da "famosa" nitroglicerina.

Fontes: Os botões de napoleão

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?485

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Mas que droga...


As drogas são substâncias naturais ou sintéticas que ao entrar no organismo causam alterações nas suas funções. Muitas pessoas associam o conceito de droga com substâncias proibidas e altamente viciáveis, mas elas estão mais presentes no dia-a-dia do que podemos imaginar. Por exemplo, uma das drogas mais consumidas do mundo é a cafeína, presente no café, chá e alguns energéticos. Elas estão há muito tempo presente na história da humanidade, havendo relatos de uso de álcool, maconha pelas antigas civilizações, ou da famosa guerra do ópio, derivado da Papoula .

Como foi dito, as drogas estão mais presentes na nossa vida do que muitos pensam, por isso mostramos a tabela abaixo,

O uso na vida de drogas de abuso na população brasileira

Maconha 6,9 %

Solventes e inalantes 5,8 %
Orexígenos (estimulantes do apetite) 4,3 %
Benzodiazepínicos (ca
lmantes) 3,3 %
Cocaína 2,3 %
Xaropes com codeína 2,0 %
Estimulantes (anfetaminas) 1,5 %
Opiáceos (remédios para dor derivados da morfina) 1,4 %
Anticolinérgicos 1,1 %
Alucinógenos 0,6 %

Barbitúricos 0,5 %
Crack 0,4 %
Esteróides (anabolizantes) 0,3 %
Merla (pasta de cocaína) 0,2 %




Fonte: OBID - Ano IV - Nº. 06 - Junho de 2005 - Secretaria Nacional Antidrogas


E destacamos os Orexígenos, estimulantes de apetite, Benzepirénicos, camantes, e os Opiáceos, que são remédios derivados da morfina para reduzir a dor. O exemplo clássico de um viciado em Opiácios é o Dr. House que abusa do uso do Vicodin, com a intenção de reduzir suas constantes dores na perna.

Classificação:

As drogas se classificam de acordo com o efeito causam, sendo elas:

Depressoras-
diminuem a atividade cerebral: álcool, tranqüilizantes, ópio e seus derivados, como a morfina e a heroína.

Estimulantes- aumentam a atividade cerebral: anfetaminas, a cocaína, e seus derivados, como o crack.

Perturbadoras- Fazem o cérebro funcionar de maneira diferente, muitas vezes com atividade alucinógena: Incluem a maconha, o haxixe, os solventes orgânicos (como a cola de sapateiro) e o LSD (ácido lisérgico).

Drogas com efeito misto - Combinam dois ou mais efeitos: ecstasy, metileno dioxi-metanfetamina (MDMA), que produz uma sensação ao mesmo tempo estimulante e alucinógena.


Para falar de todas as drogas existentes, dando explicações, o que é, e quais efeitos, com certeza levaríamos um bom tempo. Por isso irei postar apenas as mais conhecidas e utilizadas no Brasil.


Lança-Perfume-
“Lança lança lança lança lança seu olhar em mim..” (Jammil e uma noites)

Já foi febre nos salões em muitos do bailes de carnaval que seus pais ou avós freqüentaram, mas hoje em dia é considerado entorpecente pela vigilância sanitária. Ele é um solvente inalante introduzido no organismo através de aspiração por nariz ou pela boca. Como todo solvente é muito volátil, ou seja, tem grande facilidade de evaporação, ele pode ser inalado com facilidade. Estes solventes estão presentes em esmaltes, acetona, colas, tintas, benzina, propelentes, gasolina, removedores, vernizes, entre outros.

“Os efeitos os solventes vão desde um estimulo inicial, com muita excitação e aceleração das batidas cardíacas, até uma depressão, podendo também surgir processos alucinatórios. Eles afetam a respiração, causando a sensação de estrangulamento e asfixia.”


Chá de cogumelo “ Louco louco louco melo cogumelo zebu...”(Ventania)

Existe uma grande variedade de cogumelos alucinógenos, um deles é o Amanita Muscaria, que possui duas substâncias, o muscimol e o ácido ibotênico. Eles estimulam uns receptores do sistema nervoso central, por isso que os primeiros efeitos são a desorientação, falta de coordenação e sono, logo após há euforia intensa, distorção da noção de tempo e alucinações visuais. Esses efeitos são dependentes do estado psicológico da pessoa que está usando, sensibilidade, e personalidade, expectativa quanto aos efeitos serão pontos importantes no efeito alucinógeno.
Os sintomas físicos são dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia e náuseas/vômitos.


LSD
- “Lucy in the Sky whit Diamonds…” (Beatles)

Sintetizado em 1937 por Albert Hoffman, químico alemão que estava trabalhando em busca de uma substância, derivada do acido lisérgico, que impediria o sangramento excessivo pós parto. O lsd é 300 mil vezes mais ativo do que a maconha, e há relatos de que a sua estrutura é encontrada em uma das substâncias utilizadas em um chá que as bruxas, em torno de 1400, tomavam. Com isso, existe uma suspeita de que os relatos que elas davam, jurando que poderiam voar e ver coisas, seriam alucinações geradas por esse chá.

Efeitos

- Alteração das percepções visual, gustativa, tátil, auditiva e olfativa
- Sensação anormalmente estranha de perda do limite entre o espaço e o corpo
- Sensação de que os sons podem ser vistos
- Sensação de pânico e medo
- Apreensão constante
- Reações psicóticas representadas por alucinações, delírio, grande labilidade afetiva, depressão psíquica
- Sensação simultânea de relaxamento e tensão, alegria e tristeza
- Sensação paranóide de poder voar
- Morte acidental
- Aparecimento de surtos de esquizofrenia
- Distúrbio da memória, reflexos exaltados
- Tremores corporais
- Náuseas, tonteira
- Parestesia (sensação pervertida de formigamento, arranhamento ou queimação da pele)
- Distúrbios visuais
- Perda do controle dos pensamentos
- Aumento da glicose no sangue e da freqüência cardíaca
- Elevação da pressão arterial e convulsão
(Fonte: Salvar o Filho Drogado, Dr. Flávio Rotman, 2ª edição, Editora Record)

Ecstasy “Ela é puro êxtase...” (Barão vermelho)

Inventado em 1914 em uma pesquisa para síntese de um antidepressivo. Começou a ser usado na Inglaterra e está atingindo os jovens de todo o mundo, principalmente os freqüentadores de Raves e Noitadas. Além de ser um remédio perigoso, o ecstasy dá ao usuário uma falsa sensação de felicidade, o que passa junto com o fim do efeito. Dessa forma o usuário tende sempre a utilizar essa droga.

“A droga pode provocar euforia, desinibição, ansiedade e intensa sensação de sociabilidade. Porém, existem casos onde os efeitos são exatamente ao contrário: ao invés de prazer, a pessoa pode ser tomada por uma sensação de paranóia e pânico, além de profunda depressão.”
O metabolismo do usuário fica acelerado, fazendo o corpo chegar até 40° de temperatura, assim o consumidor tem que ingerir muitos litros de água.
Esse calor pode gerar inúmeros problemas como convulsões, e até a morte.

Heroína “I have become comfortably numb.” ( Pink Floyd)

Muito popular entre os americanos, ela é produzida a partir de uma modificação química da morfina. Não se encontra aplicação médica da droga, tornando-a 100% clandestina. Outro fato curioso é que o usuário sempre necessitará de mais droga, já que o corpo acostuma com as quantidades utilizadas.

Efeitos

Imita a química natural do sistema nervoso, assemelhando-se à endomorfina (neurotransmissor)
A overdose da heroína pode provocar lesão cerebral
Aumenta a sensação de bem-estar
Estimula as células nervosas
Provoca intensa euforia
Provoca sono
Resulta em sonhos intensos
Gera sensação de paz e de fuga da realidade
Provoca reações alérgicas na pele, com coceira
Produz efeitos tranqüilizantes
Diminui a freqüência respiratória
Provoca queda da pressão sanguínea
Relaxa os músculos
Provoca lentidão nos reflexos
Provoca dificuldades na fala
Resulta em contração das pupilas
Provoca rubor nas faces
Diminui a libido e as relações sexuais se tornam raras
Gera dificuldade na ereção
Resulta em desorganização da vida escolar, familiar, afetiva e no trabalho
Gera o descuido com a higiene e a aparência
Provoca a diminuição da auto-estima

CocaínaShe don't lie, she don't lie, she don't lie” (Eric Clapton)

Uma das drogas ilegais mais consumidas no mundo, podendo ser cheirada, fumada, ou injetada. Ela é um psicotrópico, trabalhando no sistema nervoso central.
“As alucinações cocaínicas são terríveis: no início, um pouco de prazer, mas com o decorrer do tempo, o usuário pode ouvir zumbidos de insetos, queixando-se de desagradável cheiro de carrapatos; sente pequenos animais imaginários, como vermes e piolho, rastejando embaixo de sua pele, e as coceiras ou comichões quase o levam à loucura.”


O interesse nessa postagem é mostrar como funcionam alguns tipos de drogas, alertando aos jovens como as drogas atuam no organismo. Entendo que o conhecimento é de extrema importância para os jovens e seus pais.
As drogas mais conhecidas e utilizadas, que são a maconha, o álcool e o cigarro terão posts individuais, por isso nao foram abordadas mais especificamente neste texto.

Fontes:

http://www.antidrogas.com.br/

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Efeito Coca light + Mentos



Quem nunca se perguntou, ou perguntou ao professor de química o que causava o efeito coca-mentos?

Certamente o seu professor não saberia responder, ou tentaria inventar mil justificativas, e outros, que são brilhantes professores, tentariam propor ideias que poderiam ser bem coerentes para tentar explicar esse efeito. Isso porque a resposta só foi escrita em julho de 2008 pelo físico Tonya S. Coffey e sua equipe. Esse detalhamento só foi possivel graças a tecnologia de miscroscopia eletrônica.





Em agosto de 2008 foi publicada uma matéria para o site da sbq-rio que explica esse fenômeno de uma força bem acessível.

"O efeito não se deve diretamente ao tipo da bala Mentos (frutal ou mentolada), nem tão pouco a cafeína do refrigerante ou ao pH do meio, como em princípio foi suposto. O fenômeno é devido à presença da goma arábica presente na bala Mentos. Este surfactante, presente na camada externa da bala, diminui a tensão superficial do meio acarretando a liberação rápida do CO2 da garrafa. A saída rápida de gás resulta num jorro forte e contínuo. Esse efeito é potencializado pelo aspartame e pelo benzoato de potássio, presentes no refrigerante, que contribuem para diminuir a tensão superficial do meio facilitando a formação de bolhas."


surfactante
-é um composto caracterizado pela capacidade de alterar as propriedades superficiais e interfaciais de um líquido.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mundos invisíveis - Marcelo Gleiser

Série exibida em nove episódios pelo Fantástico.

Episódio 1 - "Tudo é matéria" - Pense no mundo maravilhoso da tecnologia e da eletrônica. Conquistas como a internet, a música digital e a TV de alta definição, que está estreando hoje. Você já parou para se perguntar como tudo isso foi possível?




Episódio 2
- "Os alquimistas que sonhavam com a vida eterna" - Muitos séculos atrás, na Europa e no Oriente, havia homens que dedicavam suas vidas a um sonho: transformar chumbo em ouro. Esses homens, os alquimistas, são os personagens de hoje da série Mundos Invisíveis.



Episódio 3 - "O surgimento dos remédios" - Você consegue imaginar um mundo sem remédios? O que seria da humanidade sem os antibióticos, por exemplo? Você vai conhecer a história do alquimista que descobriu que a diferença entre veneno e remédio é apenas a dose.


Episódio 4 - "Tudo se transforma" - Do que é feito o fogo e por que as coisas se queimam? É a típica pergunta que as crianças fazem e os adultos se enrolam para responder. Hoje, o físico Marcelo Gleiser vai contar a história do cientista que encontrou a resposta para esta pergunta.



Episódio 5 - "O alfabeto da matéria" - O físico Marcelo Gleiser vai contar a incrível história do cientista que organizou o alfabeto da matéria. E ainda descobriu a fórmula da vodka perfeita.



Episódio 6 - "A mulher genial que perdeu a vida em nome da ciência" - Na tentativa de entender do que são feitas as coisas do mundo, um dia, um cientista fez uma descoberta incrível. Dessa descoberta nasceu simplesmente. A televisão. Quem conta essa história é o físico Marcelo Gleiser.



Episódio 7 - "O porquê da radioatividade" - Cientistas haviam notado que alguns minerais pareciam ter uma fonte de energia invisível e inesgotável, emitindo luz e calor. Anos mais tarde, essa descoberta abriria caminho para tecnologia nuclear.



Episódio 8 - "Do que é feita a luz?" - No começo do século XX, surgiu um homem que encontrou essa e muitas outras respostas para os mistérios da física e do universo. Ele se chamava Albert Einstein.




Episódio 9
- "A energia dentro da matéria" - Foi na explosão atômica sobre Hiroshima, no Japão, em 6 de agosto de 1945, que a humanidade descobriu quanta energia pode se concentrar dentro da matéria.

domingo, 16 de novembro de 2008

A questão Talidomida




A fórmula molecular de uma substância é uma representação que indica quantos e quais átomos estão presentes, mas ela não consegue indicar a posição espacial dos átomos. E isso, há um tempo, foi um grande problema.

Os fármacos feitos compostos orgânicos, geralmente seguem a geometria de um tetraedro graças à estrutura do carbono.

O ramo da química que estuda o comportamento espacial das moléculas se chama Estereoquímica, e é de extrema importância para a medicina e farmacologia.

Quando os quatro ligantes do carbono são diferentes, dizemos que o carbono é quiral ou assimétrico, podendo gerar um isômero óptico.


Para entender isso, coloque uma mão na frente da outra, como se fosse rezar, depois tente colocar exatamente uma em cima da outra de forma que os dedos fiquem na mesma posição. Isso é impossível, pois os dedos estarão em lados trocados. O mesmo acontece com as moléculas, e isso no nosso organismo pode ocasionar sérios problemas.

Dessa maneira temos a seguinte fórmula molecular:

C13H10N2O4


É a fórmula da talidomida, um remédio que chegou ao mercado, na Alemanha Oriental,no início da década de 1950. Era usado devido a sua propriedade calmante, diminuindo náuseas, vômito e com poucos efeitos colaterais. Todos os testes

feitos com ratos não acusaram nenhum problema, portanto a droga, no final da década de 1950, passou a ser distribuida para 146 paises do mundo.

Na década de 1960 começaram a aparecer casos de Fecomelia. Crianças que nasciam com deformações, sem parte do braço, sem parte da perna, problemas em órgãos vitais, entre outros. Essa doença atingiu mais de 10.000 bebês, e foi identificada e conhecida como Síndrome da Talidomida Fetal.

A talidomida apresenta um isômero ótico, que nos ratos aparentemente não fez diferença, mas é provável que nos humanos foi a responsável por gerar a chamada geração talidomida. Muitos acreditam nesse fato, mesmo nao tenho pesquisas conclusivas sobre o comportamento de cada isomero isolado em organismo humano.


Ela continua sendo usada?

Sim, a talidomida é utilizada para alguns tratamentos específicos para Hanseníase. O tratamento foi descoberto ainda na década de 1960 por um médico israelense,Dr. Jacobo Sheskin, ao tentar aliviar a dor de pacientes desesperados. A surpresa foi que realmente funcionou e não só a dor, como algumas lesões também sumiram. Além do tratamento de Hanseníase, ela pode ser usada para tratamentos de AIDS, Lupus e doenças cronico-degenerativas. Mas mesmo sendo utilizada, ela não é vendida nas farmácias pelo governo.




fontes de pesquisa: http://www.anaisdedermatologia.org.br/artigo.php?artigo_id=388

http://www.talidomida.org.br/oque.asp

sábado, 15 de novembro de 2008

Quimica dos astronautas


Matéria publicada em 29/05/2003 na Folha de São Paulo



Química: Hidróxido de lítio salva astronautas
LUÍS FERNANDO PEREIRA
da Folha de S.Paulo

"Houston, we have a problem". Ao enviar essa mensagem em 13 de abril de 1970, o comandante da missão espacial Apollo 13, Jim Lovell, sabia: a sua vida e as dos seus dois companheiros estavam por um fio. Um dos tanques de oxigênio (O2) da nave tinha acabado de explodir.

Apesar do perigo iminente de os astronautas ficarem sem O2 para respirar, a principal preocupação da Nasa era evitar que a atmosfera da espaçonave ficasse saturada do gás carbônico (CO2) exalado pela própria equipe.

Isso causaria um abaixamento do pH do sangue da tripulação (acidemia sanguínea), já que o CO2 é um óxido ácido (em água ele forma ácido carbônico: CO2 + H20 --> H2CO3) como, aliás, a grande maioria dos óxidos ametálicos (o carbono é um ametal).

A acidemia sanguínea deveria ser evitada a qualquer custo. Inicialmente, ela leva a pessoa a ficar desorientada e a desmaiar, podendo evoluir até o coma ou mesmo a morte.

Normalmente, a presença de CO2 na atmosfera da nave não é problema. Para eliminá-lo, há, adaptados à ventilação, recipientes com hidróxido de lítio (LiOH), uma base capaz de absorver esse gás. Nada quimicamente mais sensato: remover um óxido ácido da atmosfera da nave lançando mão de uma base: CO2 + 2LiOH --> Li2CO3 + H2O.

O problema é que os três astronautas tiveram de se refugiar numa parte da espaçonave chamada módulo lunar: pequena e preparada para duas pessoas. Depois de um dia e meio, uma luz de alerta acendeu: o CO2 havia atingido um nível muito alto. Sinal de que a quantidade de LiOH, calculada para dois astronautas, não estava dando conta do recado.

Um improviso de última hora com o hidróxido de lítio do módulo de comando (outra área da espaçonave) salvou a vida de toda a tripulação.

E se existissem substâncias que, além de absorverem o CO2, ao mesmo tempo restaurassem o O2? Seria ótimo! E essas substâncias existem. São os superóxidos! O superóxido de potássio (K2O4) já vem sendo utilizado em submarinos. Veja só o que ele faz: K2O4 + CO2 --> K2CO3 + 1/2O2.

Uma pergunta (respostas via e-mail): que massa desse superóxido é necessária para remover todo o CO2 exalado por um tripulante durante quatro dias de viagem nesse submarino (uma pessoa exala, em média, 1,1 kg de CO2 por dia)?

Resposta: Em 4 dias seria necessário 14,200 gramas de K2O4

No espaço e até no fundo do mar. Tem química em todo lugar!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sal a gosto...


A questão histórica

Qual a importância do sal? Esse que está presente na água do mar, e também na nossa cozinha. O sal (NaCl) contribuiu de maneira significativa para nossa história. Os Gregos e Romanos utilizavam o sal como moeda de troca para suas compras e vendas. Daí surgiu a palavra salário, que deriva de sal. Foi também considerado um artigo de luxo, e só os mais ricos tinham acesso a ele. No período das grandes navegações o sal era utilizado para conservar alimentos, como carne. Essa técnica, chamada salmoura, uma mistura de água e sal em grande quantidade, pode ser observada nos supermercados, peixarias e até mesmo no churrasco de domingo.
Bom, o sal só pode ser retirado da água do mar? A resposta é não! Existem dos tipos de sal:

O sal marinho, extraído a partir da evaporação da água do mar.

Não se engane achando que no mar temos apenas NaCl. Temos outros sais como MgCl¬2 e CaCl2, de forma que o NaCl representa somente dois terços dos sais existentes na água do mar. Depois da evaporação é necessário um processo de separação.

O sal mineral, extraído da sal-gema, ou halita, nome do mineral do qual é extraído o sal do solo.

A halita é um deposito de NaCl acumulada durante séculos em regiões de antigos oceanos. É muito comum ser encontrada em regiões próximas da superfície da terra.

O sal, esta constantemente presente em nossa alimentação, foi dessa forma que o ministério da saúde tentou combater o Bócio e outras doenças, mas para falarmos dessa doença vamos entrar primeiramente nos DDI´s.

O que são DDI?

DDI são os chamados distúrbios por deficiência de iodo.

A glândula tireóide é responsável pala produção de alguns hormônios. E o iodo é necessário para o bom funcionamento dessa glândula. Assim, sua deficiência é a uma das causas de danos cerebrais, e retardos mentais existentes, ela também traz graves conseqüências às crianças como: apatia, baixa estatura, prejuízos na capacidade motora, fala, audição, e atraso no desenvolvimento cerebral. o Bócio, também conhecido como papo, é o aumento do volume da tireóide, e também é causado pela deficiência de iodo. Em mulheres grávidas essa deficiência poderá causar retardo mental no bebê, chamado de cretinismo.

O que o ministério da saúde fez?

Desde 1953, ele fez como obrigatória a iodação do sal de cozinha no Brasil. Assim, o programa de combate aos distúrbios de iodo no Brasil foi uma das ações mais bem sucedidas no combate a distúrbios de micronutrientes, sendo elogiado pelos órgãos internacionais de saúde.

fontes:

http://nutricao.saude.gov.br/iodo.php

Livro: Os botões de Napoleão

sábado, 1 de novembro de 2008

Simpsons- O funcionamento de uma usina nuclear



Um belo e "chato" video educativo, exibido para a turma de nosso querido Bart Simpson, que ao final faz uma critica aos resíduos nucleares.



Pela equação dada por Einstein E=mc² é obtida a relação massa e energia. Em alguns elementos esse processo é espontâneo, mas em outros é necessário utilizar alguma técnica específica para fazer essa transformação e a canalização dessa energia.

A principal técnica empregada nas usinas nucleares é a Fissão do átomo de Urânio, e é utilizada pelos EUA, China, Índia, entre outros. Ele é um combustível de baixo custo e não há um risco de escassez a médio prazo, como o petróleo, que na visão de estudiosos tem seus dias contados. Desse modo, a maior vantagem ambiental da produção de energia nuclear é a não utilização dos combustíveis fósseis.

A fissão do Urânio ocorre dentro das barras de elemento combustível, aquecendo a água que passa pelo reator a 320 graus Celsius. ( Lembre do vídeo, as barras de urânio em uma piscina)

Nesse ponto entra uma dúvida na cabeça de todos. Como a água pode estar a 320 graus Celsius, sendo que sua temperatura de ebulição é 100 graus Celsius.?

A resposta é “aumento de pressão”. No reator temos a água em um ambiente de pressão 157 vezes maior do que a pressão atmosférica.

Esse vapor entra em contato com a água de um outro compartimento realizando troca de calor, vaporizando a água desse segundo compartimento e movimentando uma turbina que irá acionar um gerador elétrico.


Energia Brasileira


A foto ao lado retrata a usina Angra 1, símbolo de um projeto
audacioso, assinado no ano de 1976, entre Brasil e Alemanha para a construção de 7 reatores nucleares em 22 anos. Lembrando que nos dias de hoje temos apenas o Angra 1 funcionando, Angra 2 em uma obra bilionária que ainda necessita de 1,2 bilhões de Dólares para ser construída. Mas o governo não pára por ai, já estão planejando Angra 3. Então temos que o sistema foi muito caro para ser abandonado, e esse paradoxo pode ser acompanhado pelo site da eletrobrás

http://www.eletronuclear.gov.br/inicio/index.php

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A química das tatuagens


1- Origem histórica



A tatuagem existe há mais de 3500 anos e sempre foi considerada uma forma de comunicação e expressão do corpo. Antes, presente nas aldeias, as tatuagens representavam momentos da vida como nascimento, reprodução, puberdade, o fato de tornarem-se guerreiros, entre outros.
Na era moderna, a tatuagem virou símbolo de marginalidade, com as famosas tatuagens de presidiários, que mostravam o crime cometido. Mas de uns tempos pra cá, ela foi se popularizando, não é mais símbolo dos bandidos, os desenhos ficaram mais bem feitos com cores e traços finos e bem delineados.

2- Alguns tipos de tatuagem


Realista: desenhos que imitam o mundo real, como mulheres, pássaros e personalidades.
Estilizada: como o próprio nome já diz, são desenhos estilizados.
Tribal: desenhos em preto ou colorido com motivos tribais. Podem ser desenhos de tribos norte-americanas, haidas, maias, incas, astecas, geométricas ou abstratas.
Oriental: trabalhos grandes, geralmente de corpo inteiro, como um painel. Os desenhos são com motivos orientais, como samurais, gueixas e dragões.
Religiosas: trabalhos com personagens bíblicos, como um santo, uma cruz, etc.

3- Mas o que isso tem a ver com química?


As tatuagens de henna, de cor marrom ferrugem, é feita a partir de uma planta existente na índia e em países do oriente médio (Henna lawsonia inermis). e os desenhos são feitos colocando o material sobre a superfície da pele. Já as tatuagens definitivas são feitas através da inserção de uma agulha com um determinado pigmento. E é nesse pigmento que nós podemos observar a química. Como foi dito, as tatuagens evoluíram saindo do aspecto de “tatuagem de marinheiro” para verdadeiras obras de arte, com muitos detalhes e muitas cores.
As cores presentes nas tatuagens são provenientes de alguns produtos químicos. São sais de alguns elementos de transição. Da mesma forma que eles são utilizados para dar cores a vidros, também são para colorir as tatuagens.

Pigmento Cor

Sais de cádmio .............................. Amarelo ou vermelho
Sais de crômio .................................... Verde
Sais de ferro ....................... Castanho, rosa e amarelo
Sais de cobalto .......................................... Azul
Sulfeto de Mercúrio ...................................... Preto
Carbono (carvão) ................................. Preto
Óxido de Titânio ................................ Branco

4- Saúde


Como foi mostrada a utilização de alguns metais, na pigmentação das tatuagens, também deve ser abordado o tema saúde.
A intoxicação por metais pesados ocorre quando eles são absorvidos pelo corpo humano e passam a substituir alguns metais necessários para nossas funções biológicas. É importante lembrar que a intoxicação se dá pela ingestão, ao longo da vida. Bem é isso mesmo, ao longo dá vida. Os metais pesados se depositam nos tecidos ósseos e gordurosos, não sendo eliminados com o passar do tempo.

4.1 Alguns metais e alguns efeitos

Alumínio- Anemia por deficiência de ferro; intoxicação crônica.
Cádmio- Câncer de pulmões e próstata; lesão nos rins.
Chumbo- Saturnismo (cólicas abdominais, tremores, fraqueza muscular, lesão renal e cerebral).
Mercúrio- Intoxicação do sistema nervoso central.
Cobalto- Fibrose pulmonar (endurecimento do pulmão) que pode levar à morte.
Cromo- Asma (bronquite); câncer.


5- Conclusão


A cada dia, temos técnicas mais aperfeiçoadas para a composição das tatuagens e imagens mais trabalhadas e coloridas. Todas as cores utilizadas são provenientes dos metais de transição, chamados metais pesados. Porém, apesar das concentrações dos metais pesados existentes serem muito baixas, não causando danos imediatos à saúde, é bom lembrar que os metais se acumulam ao longo da vida.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

As grandes descobertas da Química

Esse videos retirados do Youtube pertecem a um documentário do Discovery sobre as 100 maiores descobertas da Química.









quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Reatividade de Metais Alcalinos em água.



Dentre todos os metais, os metais alcalinos, que fazem parte do grupo 1 da família periódica, são os mais violentamente reativos. Isso se dá, por uma grande capacidade de oxidação. Por esse motivo eles não são encontrados na natureza, no estado livre. Para se obter o metal puro, o processo utilizado é a eletrólise, a partir dos sais desses metais.

Uma das reações apresentadas no vídeo é

2Na(s) + 2 H2O(l) → 2 NaOH(aq) + H2(g)

E a intensidade dessas reações cresce da seguinte forma

Li < Na < K < Rb < Cs

Curiosidade: O Rubídio e o Césio são mais densos do que a água, portanto a reação ocorre abaixo da superfície.

Fonte: Atkins.P- Princípios de Química- 3ª edição

Postado por Roberto Dalmo

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ficando pilhado...


As pilhas no mundo moderno desempenham um papel fundamental, facilitando a utilização de aparelhos eletrônicos, como carrinhos de brinquedo, controle remoto, lanternas, celular, entre outros. Imagine se ao pegarmos o diskman ou o mp3 viesse um fio junto para ligar na tomada. É uma invenção tão útil e importante, mas com um sério risco ambiental. Ao trabalharmos com metais pesados como os das pilhas, devemos ter consciência do material com que estamos lidando para realizarmos um descarte seguro e não prejudicarmos o meio ambiente. Com esse enfoque, iremos conhecer um pouco da história das pilhas, suas utilidades e seus modos de descarte.

A primeira pilha surgiu no ano de 1800 com o cientista Alexandre Volta, e era composto de placas de metais diferentes, sendo eles o Zinco e o Cobre, alternadas e empilhadas em meio a uma solução de ácido sulfúrico embebida em pedaços de tecido. Ao ligar uma das extremidades de um fio condutor a uma placa de Zinco e a outra extremidade à placa de Cobre, Volta percebeu a passagem de corrente elétrica.
Posteriormente, o cientista John Frederick Daniell aperfeiçoou a idéia, transportando as placas metálicas para duas comportas separadas, ligadas por uma ponte salina e um fio condutor. Baseado nesse experimento, Daniell formulou suas hipóteses de transferência de elétrons.
Como todos sabemos, não ficamos andando por aí com duas vasilhas e pedaços de metal: as pilhas evoluíram. E, no mundo capitalista, as tecnologias têm que ser variadas para agradar todo o tipo de consumidor. Com isso, foram desenvolvidas desde a pilha de Daniell quase 200 tipos diferentes de pilha.
A pilha seca ácida é composta de um eletrodo de grafite para fechar o circuito e no pólo negativo de um envoltório de Zinco. No interior da pilha há uma pasta de MnO2 e NH4Cl. Já podemos ver o mercado das pilhas surgindo, pois o nome “pilha seca” é uma desinência comercial, uma vez que ela não é seca realmente, mas apenas difere do modelo de Daniell. Mais à frente tivemos o surgimento da pilha alcalina que apresentava vantagens em cima da ácida.
A pilha alcalina foi outra invenção do mundo moderno. São mais duráveis e possuem um risco muito menor de vazamento do que as pilhas ácidas, por isso estão rapidamente ocupando o mercado. O nome alcalino é dado por funcionarem com uma pasta básica em que o NH4Cl é substituído por KOH ou NaOH. O fato da maior durabilidade das pilhas alcalinas pode ser justificado pela maior condutividade do NaOH ou KOH em relação ao NH4Cl e pelo desgaste mais lento em meio básico.
Podemos fazer pilhas de acordo com a necessidade, o tamanho preciso, o tempo de duração e o preço que podemos pagar. Um exemplo de pilha que solucionou uma necessidade vital foi a pilha de lítio, usada para marcapassos, que é pequena e de longa duração, de 6 a 8 anos.
As baterias são um conjunto de pilhas ligadas em série, por isso possuem uma potência maior. As baterias de níquel e cádmio podem ser recarregadas milhares de vezes, além de manter a ddp constante durante a descarga. As baterias de chumbo (utilizada para carros) são muito duráveis, e possuem uma potência de 12V produzidos por seis pilhas de 2V ligadas em série. Esse tipo de bateria possui uma corrosiva solução aquosa de ácido sulfúrico. A bateria não dura por mais de duas horas sendo usada direto, mas, no carro, além de não a utilizarmos constantemente, temos uma recarga feita pelo próprio veículo.

As pilhas apresentam metais pesados considerados perigosos à saúde humana e ao meio ambiente, tais como mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio. Dentre esses metais os que apresentam maior risco à saúde são o chumbo, o mercúrio e o cádmio. Se não tivermos consciência ambiental e descartarmos as pilhas em qualquer lugar, o risco de contaminação de um lençol freático ou até mesmo da nossa terra será enorme.
Mesmo não havendo registros de contaminações ou prejuízo à saúde, e sem ocorrência de danos causados ao meio ambiente pelo descarte indevido de pilhas e baterias, as empresas Duracell, Energizer, Eveready, Kodak, Panasonic, Philips, Rayovac e Varta têm investido consideravelmente para reduzir ou até eliminar esses materiais.
Com essa preocupação ambiental, o órgão CONAMA estabeleceu padrões quantitativos de cada substância em uma pilha. A partir do ano 2000, começou a vigorar esses padrões e qualquer pilha comercializada deverá seguir a norma. Com isso, segundo esse órgão, agora podemos descartar as pilhas usuais de brinquedo, controle remoto, mp3, etc., no lixo doméstico, apenas nos preocupando no descarte de baterias de chumbo ácido, pilhas e baterias de níquel-cádmio e baterias de óxido de mercúrio. Todas essas devem ser devolvidas ao fabricante ou importador.
Será que isso está correto? Será que o CONAMA observou todos os fatores químicos e ambientais antes de fazer esses padrões?
As baterias do futuro: pesquisas eletroquímicas estão em grande ascensão, e novos métodos de obter energia são encontrados a todo instante, todos eles visando ao baixo custo de manutenção, à maior duração, e zelando pelo meio ambiente.
Um exemplo de pilha desenvolvida é a de H2/O2 em solução de KOH e eletrodos de Ni e NiO que teria por vantagem, teoricamente, o não desgaste de seus reagentes.
Cientistas tentam formar uma bateria através da captação de energia. O que aparentemente seria apenas uma folha preta será uma pilha flexível, podendo se adequar a diversos aparelhos de mais variadas formas, e poderá funcionar em temperaturas de 150°C a – 73 °C. Tem sua constituição de 90% de celulose, mas não se enganem, pois a bateria possui nanotubos responsáveis pela geração de energia.

Postado por Roberto Dalmo

domingo, 19 de outubro de 2008

O segredo das donas de casa...


Agora não é preciso usar sal, açúcar, leite ou qualquer outra receita da vovó para tentar retirar manchas difíceis como vinho tinto, café, gema de ovo, refrigerante, entre outras. Temos a química sendo, cada vez mais, útil para as donas de casa e empregadas.

Químicos a cada momento pensam em inovações. Uma delas foi o alvejante sem cloro, que solucionou o grande dilema da dona de casa “será que se eu colocar essa camisa na água sanitária ela vai desbotar?”. Quem nunca ouviu a mãe ou a avó falando isso?

Como conseqüência, a criação de alvejantes sem cloro cresce no mercado cada vez mais. Também, que dona de casa vai querer correr o risco de estragar sua roupa com a água sanitária (hipoclorito de sódio) se nós temos no mercado o fantástico Vanish poder O2 com sua fórmula fatal às manchas?

O Vanish poder O2 é um produto químico muito “simples” que apresenta em sua composição a água oxigenada. Sim, o peróxido de hidrogênio, um produto utilizado como desinfetante, esterilizante e um dos melhores produtos pra clareamento dos dentes e cabelos. Essa substância tem a vantagem de não estragar as blusas coloridas. Ele ataca diretas as manchas, removendo-as sem causar danos ao tecido.

Mas como ele faz isso?

São suas propriedades oxidantes que são aproveitadas para branquear substâncias como cabelo, marfim, plumas, dentes, pois através de catálise o peróxido de oxigênio pode ser convertido em hidroxila (OH-) com reatividade apenas inferior ao flúor. Decomposto ele resulta em oxigênio e água. É pela presença do oxigênio é que vemos borbulhas. Essa decomposição é resultado da sua instabilidade. Em geral, peróxidos são muito reativos e também muito instáveis. A maior estabilidade da água oxigenada é quando ela está em meio ácido, mas, para fazer o alvejamento, ela é colocada em meio básico, com o pH em torno de 10-11.

Também não é “vamos jogar base e deixar rolar!”. Nos produtos com o peróxido de hidrogênio temos substâncias estabilizadoras que regulam a sua decomposição. O estabilizador fará com que o peróxido produza a maior parte de oxigênio atômico, que é excelente como alvejante e fará com que a velocidade da decomposição não seja alta.

Os compostos de peróxido não estão retirando a mancha, eles apenas as oxidam e elas ficam invisíveis. O resultado é muito bom!

Tomem cuidado, pois, mesmo o peróxido de hidrogênio não sendo inflamável, o mais simples contato dele com um combustível pode gerar um incêndio mesmo sem a presença de fontes de ignição. Em altas concentrações o peróxido reage com Cu, Co, Mg, Fe e Pb, entre outros.

Abrindo um parêntese: o fogo é formado por combustível, por exemplo, um composto orgânico; calor; e comburente que é o gás oxigênio. Se aumentarmos muito a quantidade de oxigênio poderá ter combustões espontâneas, uma vez que o oxigênio atômico é mais reativo do que o molecular, isso se dá pelo fato dele ser um radical livre.

Observação: esses riscos se referem à substância concentrada.

Digam-me: à temperatura ambiente a água oxigenada está em que estado físico? Bem, a resposta com certeza é "líquida". Mas como é que eles fazem, então, o Vanish sólido?

O Vanish sólido é outro composto que vai funcionar como a água oxigenada, retirando as manchas sem atacar o tecido. É composto pelo Percarbonato de sódio, que ajuda a dissolver as manchas difíceis antes da lavagem. Por ser sólido e eficaz, o Percarbonato de sódio além de ser usado nos produtos para remoção de manchas, passou a ser conhecido como “Peróxido de hidrogênio sólido”. Ele se decompõe gerando água, oxigênio e carbonato de sódio. Esse composto não possui somente a função do Peróxido de hidrogênio. Ele apresenta também a propriedade de se decompor em baixas temperaturas, gerando oxigênio e retirando diretamente as manchas. Ao se decompor, mesmo aumentando o pH da água, o Percarbonato de sódio não é nocivo ao meio ambiente.

Cada dia que passa, os químicos desenvolvem mais e mais produtos para limpeza, formas de tirar manchas, limpar fogão, azulejo, entre outros, que fazem a vida da dona de casa ficar muito mais simples. Infelizmente, nem sempre podemos unir qualidade ao um baixo preço, e isso faz com que essas inovações no mercado fiquem restritas às classes média e alta. Mas a maioria das empresas realiza pesquisas sobre as necessidades da população, tornando assim cada vez mais acessíveis os seus produtos.

Postado por Roberto Dalmo

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Proposta...

Os PCNs são idéias para serem utilizadas em sala de aula. Elas irão ampliar os horizontes dos alunos, trazendo a matéria dada em sala de aula para seu uso cotidiano.
O Ensino Médio possui um ensino fechado nas matérias. Os professores adotam tópicos e os aprofundam sem relacioná-los com outras matérias e com o cotidiano. Assim, o aluno aprende a matéria sem saber onde aplicá-la no dia a dia. Esse tipo de ensino até alguns anos não era contestado, até que foi proposta a nova lei de diretrizes e bases, e esse método de ensino passou a ser inaceitável.
A idéia do novo Ensino Médio é de que ele não será simplesmente preparatório para uma profissão, como os cursos técnicos, nem preparatório para o ensino superior, como as demais escolas. Ele irá formar cidadãos preparados para a vida e com noções de cidadania, sem deixar de capacitar qualquer aluno que queira prosseguir com os estudos.

O objetivo dos PCNs é que o discente consiga:

• Informar-se, comunicar-se, argumentar, compreender e agir;
• enfrentar problemas de diferentes naturezas;
• participar socialmente, de forma prática e solidária;
• ser capaz de elaborar criticas ou propostas; e,
• especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado.


Pelo documento:

“[...] a integração dos diferentes conhecimentos pode criar as condições necessárias para uma aprendizagem motivadora, na medida em que ofereça maior liberdade aos professores e aos alunos para a seleção de conteúdos mais diretamente relacionados aos assuntos ou problemas que dizem respeito à vida da comunidade.”

Um tema inicial será implantado na aula com a intenção de romper a barreira entre a disciplina e o aluno. Assim, com uma proximidade maior do tema abordado, haverá uma facilidade maior em aprender sobre as matérias. Por exemplo: nesse trabalho sobre haletos orgânicos foi adotado como tema motivador a questão ambiental do buraco na camada de ozônio. Esse tema não é exatamente de Química, Física, Matemática, Geografia ou História. Ele é de um conteúdo interdisciplinar que aborda todas essas matérias e está próximo do cotidiano dos alunos. Um dos objetivos dos PCNs é que os alunos sejam capazes de ler um jornal e entender os diversos temas, e que aqueles interessados em uma determinada área procurem a especialização.

Interdisciplinaridade:

“[...] planejamento e desenvolvimento de um currículo de forma orgânica, superando a organização por disciplinas estanque e revigorando a integração e articulação dos conhecimentos [...]”


Ela tem como objetivos:

“[...] a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver o problema concreto ou compreender um determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista. Em suma, a interdisciplinaridade tem função instrumental. Trata-se de recorrer a um saber diretamente útil e utilizável para responder às questões e aos problemas sociais contemporâneos.”

É exatamente quando em uma aula de Química, por exemplo, usam-se conhecimentos de Física, Matemática e Biologia, e com isso se relaciona a Química com as outras ciências da natureza. Ou quando se usam conhecimentos de História, Geografia, Filosofia, etc., e se relaciona Química à área de ciências humanas.


Os PCNs e a disciplina de Química:

“A proposta apresentada para o ensino de Química nos PCNEM se contrapõe à velha ênfase na memorização de informações, nomes, fórmulas e conhecimentos como fragmentos desligados da realidade dos alunos. Ao contrário disso, pretende que o aluno reconheça e compreenda, de forma integrada e significativa, as transformações químicas que ocorrem nos processos naturais e tecnológicos em diferentes contextos, encontrados na atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera, e suas relações com os sistemas produtivo, industrial e agrícola.”

Esse fragmento do documento sintetiza o objetivo dos PCNs na Química. Trazendo-a para o cotidiano, ela irá se tornar mais interessante e ficará ao alcance de todos os alunos que, com maior motivação, terão mais facilidade de lidar com a matéria de Química.
Não haverá a preocupação com a memorização da tabela periódica, constantes e fórmulas, de maneira exagerada. O conhecimento irá prezar a capacidade de reagir com adversidades, resolver problemas e saber procurar as respostas.

“A memorização indiscriminada de símbolos, fórmulas e nomes de substâncias não contribui para a formação de competências e habilidades desejáveis no Ensino Médio.”

O conhecimento do discente é muito importante: se forem pessoas que desejam ingressar no mercado de trabalho específico da Química, os saberes fragmentados transmitidos de forma tradicional serão de grande valia, mas, como o Ensino Médio não visa somente à profissionalização, deve-se balancear o ensino e não focar apenas na Química, pois o saber fragmentado é fator de alienação. Sabe-se muito sobre as especificidades e pouco sobre o global. No mundo atual, não se empregam mais operários que sirvam somente a uma função específica, estes devem ter conhecimento global, responsabilidade e conhecimento pelas e das implicações de seus atos.
Atualmente se tem um grande crescimento na área de Química, o que a torna mais dinâmica do que outrora. Considerando-se que o cidadão é aquele que participa atuando na sociedade, este deve estar em plena atualização para que possa melhor se posicionar criticamente sobre a ação da Química no mundo, como assinala o documento dos PCNs: “[...] a química tornou-se um dos meios de interpretação do mundo físico [...]”
Assim, concluímos que os cidadãos participam da democracia cumprindo seus deveres e se valendo de seus direitos. Para isto, precisam conhecer antes estes direitos e deveres, que lhes são inerentes, através da educação, se tornando deste modo seres críticos e construtores de uma realidade mais promissora dentro da democracia vigente, uma vez que a educação é própria do sistema democrático.
Um ser social, crítico e munido de conhecimentos se torna um cidadão participante, de maneira plena, no meio em que está inserido.
Com o objetivo de formar um ser crítico e social, o texto-documento de sugestões do Ministério da Educação (MEC), PCNs, prega um ensino de Química centrado na interface entre informação científica e contexto social. Isto significa dizer, em outras palavras, praticar um ensino contextualizado, onde a Química é relacionada com o cotidiano de homens e mulheres, respeitando-se o meio onde estão inseridos, e visando a formação do cidadão, com os conhecimentos necessários para o exercício de seu senso crítico, o que faz de sua participação na sociedade mais efetiva, enquanto cidadão, com isso trazendo uma maior relevância do ensino de Química à vida das pessoas.
Portanto, em sala de aula o conhecimento químico precisa ter maior interação com os conhecimentos cotidianos dos alunos. Através dela é que os conhecimentos científicos irão adquirir significados e real existência no mundo. Neste contexto é que irá se explicitar a importância do diálogo entre os seres sociais que pertencem à comunidade escolar.
Conhecendo e entendendo a comunidade escolar e as pessoas que convivem neste local é possível trabalhar com relações mais objetivas para a construção do conhecimento científico, como a possibilidade de formar um novo ser mais crítico e mais consciente de suas relações com o mundo.
Ao trabalharmos desta forma colocamos nossos alunos em relações dialógicas e de descoberta destes conteúdos com seu meio social, e capazes de através do diálogo trocarem idéias para formação crítica de seus conhecimentos. As pessoas envolvidas conseguirão construir conceitos que lhes possibilitarão viver com mais eficiência de adotar posturas mais críticas diante de suas realidades.
Desta maneira, as sugestões propostas nos PCNs no que diz respeito não somente a educação no Brasil, como no ensino médio, e mais precisamente da disciplina de química, são possíveis e válidas na tentativa de se construir um futuro mais próspero para um povo sofrido, manipulado e manipulável, em virtude de seu pouco conhecimento elaborado e a falta de desenvolvimento de suas competências e habilidades, acreditamos que se todos os profissionais da área de educação pensarem desta forma, juntos, poderemos mudar o cenário da educação neste país.