sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mundos invisíveis - Marcelo Gleiser

Série exibida em nove episódios pelo Fantástico.

Episódio 1 - "Tudo é matéria" - Pense no mundo maravilhoso da tecnologia e da eletrônica. Conquistas como a internet, a música digital e a TV de alta definição, que está estreando hoje. Você já parou para se perguntar como tudo isso foi possível?




Episódio 2
- "Os alquimistas que sonhavam com a vida eterna" - Muitos séculos atrás, na Europa e no Oriente, havia homens que dedicavam suas vidas a um sonho: transformar chumbo em ouro. Esses homens, os alquimistas, são os personagens de hoje da série Mundos Invisíveis.



Episódio 3 - "O surgimento dos remédios" - Você consegue imaginar um mundo sem remédios? O que seria da humanidade sem os antibióticos, por exemplo? Você vai conhecer a história do alquimista que descobriu que a diferença entre veneno e remédio é apenas a dose.


Episódio 4 - "Tudo se transforma" - Do que é feito o fogo e por que as coisas se queimam? É a típica pergunta que as crianças fazem e os adultos se enrolam para responder. Hoje, o físico Marcelo Gleiser vai contar a história do cientista que encontrou a resposta para esta pergunta.



Episódio 5 - "O alfabeto da matéria" - O físico Marcelo Gleiser vai contar a incrível história do cientista que organizou o alfabeto da matéria. E ainda descobriu a fórmula da vodka perfeita.



Episódio 6 - "A mulher genial que perdeu a vida em nome da ciência" - Na tentativa de entender do que são feitas as coisas do mundo, um dia, um cientista fez uma descoberta incrível. Dessa descoberta nasceu simplesmente. A televisão. Quem conta essa história é o físico Marcelo Gleiser.



Episódio 7 - "O porquê da radioatividade" - Cientistas haviam notado que alguns minerais pareciam ter uma fonte de energia invisível e inesgotável, emitindo luz e calor. Anos mais tarde, essa descoberta abriria caminho para tecnologia nuclear.



Episódio 8 - "Do que é feita a luz?" - No começo do século XX, surgiu um homem que encontrou essa e muitas outras respostas para os mistérios da física e do universo. Ele se chamava Albert Einstein.




Episódio 9
- "A energia dentro da matéria" - Foi na explosão atômica sobre Hiroshima, no Japão, em 6 de agosto de 1945, que a humanidade descobriu quanta energia pode se concentrar dentro da matéria.

domingo, 16 de novembro de 2008

A questão Talidomida




A fórmula molecular de uma substância é uma representação que indica quantos e quais átomos estão presentes, mas ela não consegue indicar a posição espacial dos átomos. E isso, há um tempo, foi um grande problema.

Os fármacos feitos compostos orgânicos, geralmente seguem a geometria de um tetraedro graças à estrutura do carbono.

O ramo da química que estuda o comportamento espacial das moléculas se chama Estereoquímica, e é de extrema importância para a medicina e farmacologia.

Quando os quatro ligantes do carbono são diferentes, dizemos que o carbono é quiral ou assimétrico, podendo gerar um isômero óptico.


Para entender isso, coloque uma mão na frente da outra, como se fosse rezar, depois tente colocar exatamente uma em cima da outra de forma que os dedos fiquem na mesma posição. Isso é impossível, pois os dedos estarão em lados trocados. O mesmo acontece com as moléculas, e isso no nosso organismo pode ocasionar sérios problemas.

Dessa maneira temos a seguinte fórmula molecular:

C13H10N2O4


É a fórmula da talidomida, um remédio que chegou ao mercado, na Alemanha Oriental,no início da década de 1950. Era usado devido a sua propriedade calmante, diminuindo náuseas, vômito e com poucos efeitos colaterais. Todos os testes

feitos com ratos não acusaram nenhum problema, portanto a droga, no final da década de 1950, passou a ser distribuida para 146 paises do mundo.

Na década de 1960 começaram a aparecer casos de Fecomelia. Crianças que nasciam com deformações, sem parte do braço, sem parte da perna, problemas em órgãos vitais, entre outros. Essa doença atingiu mais de 10.000 bebês, e foi identificada e conhecida como Síndrome da Talidomida Fetal.

A talidomida apresenta um isômero ótico, que nos ratos aparentemente não fez diferença, mas é provável que nos humanos foi a responsável por gerar a chamada geração talidomida. Muitos acreditam nesse fato, mesmo nao tenho pesquisas conclusivas sobre o comportamento de cada isomero isolado em organismo humano.


Ela continua sendo usada?

Sim, a talidomida é utilizada para alguns tratamentos específicos para Hanseníase. O tratamento foi descoberto ainda na década de 1960 por um médico israelense,Dr. Jacobo Sheskin, ao tentar aliviar a dor de pacientes desesperados. A surpresa foi que realmente funcionou e não só a dor, como algumas lesões também sumiram. Além do tratamento de Hanseníase, ela pode ser usada para tratamentos de AIDS, Lupus e doenças cronico-degenerativas. Mas mesmo sendo utilizada, ela não é vendida nas farmácias pelo governo.




fontes de pesquisa: http://www.anaisdedermatologia.org.br/artigo.php?artigo_id=388

http://www.talidomida.org.br/oque.asp

sábado, 15 de novembro de 2008

Quimica dos astronautas


Matéria publicada em 29/05/2003 na Folha de São Paulo



Química: Hidróxido de lítio salva astronautas
LUÍS FERNANDO PEREIRA
da Folha de S.Paulo

"Houston, we have a problem". Ao enviar essa mensagem em 13 de abril de 1970, o comandante da missão espacial Apollo 13, Jim Lovell, sabia: a sua vida e as dos seus dois companheiros estavam por um fio. Um dos tanques de oxigênio (O2) da nave tinha acabado de explodir.

Apesar do perigo iminente de os astronautas ficarem sem O2 para respirar, a principal preocupação da Nasa era evitar que a atmosfera da espaçonave ficasse saturada do gás carbônico (CO2) exalado pela própria equipe.

Isso causaria um abaixamento do pH do sangue da tripulação (acidemia sanguínea), já que o CO2 é um óxido ácido (em água ele forma ácido carbônico: CO2 + H20 --> H2CO3) como, aliás, a grande maioria dos óxidos ametálicos (o carbono é um ametal).

A acidemia sanguínea deveria ser evitada a qualquer custo. Inicialmente, ela leva a pessoa a ficar desorientada e a desmaiar, podendo evoluir até o coma ou mesmo a morte.

Normalmente, a presença de CO2 na atmosfera da nave não é problema. Para eliminá-lo, há, adaptados à ventilação, recipientes com hidróxido de lítio (LiOH), uma base capaz de absorver esse gás. Nada quimicamente mais sensato: remover um óxido ácido da atmosfera da nave lançando mão de uma base: CO2 + 2LiOH --> Li2CO3 + H2O.

O problema é que os três astronautas tiveram de se refugiar numa parte da espaçonave chamada módulo lunar: pequena e preparada para duas pessoas. Depois de um dia e meio, uma luz de alerta acendeu: o CO2 havia atingido um nível muito alto. Sinal de que a quantidade de LiOH, calculada para dois astronautas, não estava dando conta do recado.

Um improviso de última hora com o hidróxido de lítio do módulo de comando (outra área da espaçonave) salvou a vida de toda a tripulação.

E se existissem substâncias que, além de absorverem o CO2, ao mesmo tempo restaurassem o O2? Seria ótimo! E essas substâncias existem. São os superóxidos! O superóxido de potássio (K2O4) já vem sendo utilizado em submarinos. Veja só o que ele faz: K2O4 + CO2 --> K2CO3 + 1/2O2.

Uma pergunta (respostas via e-mail): que massa desse superóxido é necessária para remover todo o CO2 exalado por um tripulante durante quatro dias de viagem nesse submarino (uma pessoa exala, em média, 1,1 kg de CO2 por dia)?

Resposta: Em 4 dias seria necessário 14,200 gramas de K2O4

No espaço e até no fundo do mar. Tem química em todo lugar!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sal a gosto...


A questão histórica

Qual a importância do sal? Esse que está presente na água do mar, e também na nossa cozinha. O sal (NaCl) contribuiu de maneira significativa para nossa história. Os Gregos e Romanos utilizavam o sal como moeda de troca para suas compras e vendas. Daí surgiu a palavra salário, que deriva de sal. Foi também considerado um artigo de luxo, e só os mais ricos tinham acesso a ele. No período das grandes navegações o sal era utilizado para conservar alimentos, como carne. Essa técnica, chamada salmoura, uma mistura de água e sal em grande quantidade, pode ser observada nos supermercados, peixarias e até mesmo no churrasco de domingo.
Bom, o sal só pode ser retirado da água do mar? A resposta é não! Existem dos tipos de sal:

O sal marinho, extraído a partir da evaporação da água do mar.

Não se engane achando que no mar temos apenas NaCl. Temos outros sais como MgCl¬2 e CaCl2, de forma que o NaCl representa somente dois terços dos sais existentes na água do mar. Depois da evaporação é necessário um processo de separação.

O sal mineral, extraído da sal-gema, ou halita, nome do mineral do qual é extraído o sal do solo.

A halita é um deposito de NaCl acumulada durante séculos em regiões de antigos oceanos. É muito comum ser encontrada em regiões próximas da superfície da terra.

O sal, esta constantemente presente em nossa alimentação, foi dessa forma que o ministério da saúde tentou combater o Bócio e outras doenças, mas para falarmos dessa doença vamos entrar primeiramente nos DDI´s.

O que são DDI?

DDI são os chamados distúrbios por deficiência de iodo.

A glândula tireóide é responsável pala produção de alguns hormônios. E o iodo é necessário para o bom funcionamento dessa glândula. Assim, sua deficiência é a uma das causas de danos cerebrais, e retardos mentais existentes, ela também traz graves conseqüências às crianças como: apatia, baixa estatura, prejuízos na capacidade motora, fala, audição, e atraso no desenvolvimento cerebral. o Bócio, também conhecido como papo, é o aumento do volume da tireóide, e também é causado pela deficiência de iodo. Em mulheres grávidas essa deficiência poderá causar retardo mental no bebê, chamado de cretinismo.

O que o ministério da saúde fez?

Desde 1953, ele fez como obrigatória a iodação do sal de cozinha no Brasil. Assim, o programa de combate aos distúrbios de iodo no Brasil foi uma das ações mais bem sucedidas no combate a distúrbios de micronutrientes, sendo elogiado pelos órgãos internacionais de saúde.

fontes:

http://nutricao.saude.gov.br/iodo.php

Livro: Os botões de Napoleão

sábado, 1 de novembro de 2008

Simpsons- O funcionamento de uma usina nuclear



Um belo e "chato" video educativo, exibido para a turma de nosso querido Bart Simpson, que ao final faz uma critica aos resíduos nucleares.



Pela equação dada por Einstein E=mc² é obtida a relação massa e energia. Em alguns elementos esse processo é espontâneo, mas em outros é necessário utilizar alguma técnica específica para fazer essa transformação e a canalização dessa energia.

A principal técnica empregada nas usinas nucleares é a Fissão do átomo de Urânio, e é utilizada pelos EUA, China, Índia, entre outros. Ele é um combustível de baixo custo e não há um risco de escassez a médio prazo, como o petróleo, que na visão de estudiosos tem seus dias contados. Desse modo, a maior vantagem ambiental da produção de energia nuclear é a não utilização dos combustíveis fósseis.

A fissão do Urânio ocorre dentro das barras de elemento combustível, aquecendo a água que passa pelo reator a 320 graus Celsius. ( Lembre do vídeo, as barras de urânio em uma piscina)

Nesse ponto entra uma dúvida na cabeça de todos. Como a água pode estar a 320 graus Celsius, sendo que sua temperatura de ebulição é 100 graus Celsius.?

A resposta é “aumento de pressão”. No reator temos a água em um ambiente de pressão 157 vezes maior do que a pressão atmosférica.

Esse vapor entra em contato com a água de um outro compartimento realizando troca de calor, vaporizando a água desse segundo compartimento e movimentando uma turbina que irá acionar um gerador elétrico.


Energia Brasileira


A foto ao lado retrata a usina Angra 1, símbolo de um projeto
audacioso, assinado no ano de 1976, entre Brasil e Alemanha para a construção de 7 reatores nucleares em 22 anos. Lembrando que nos dias de hoje temos apenas o Angra 1 funcionando, Angra 2 em uma obra bilionária que ainda necessita de 1,2 bilhões de Dólares para ser construída. Mas o governo não pára por ai, já estão planejando Angra 3. Então temos que o sistema foi muito caro para ser abandonado, e esse paradoxo pode ser acompanhado pelo site da eletrobrás

http://www.eletronuclear.gov.br/inicio/index.php