domingo, 22 de fevereiro de 2009

100% Intradutível



Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao educador Paulo Donizete do blog

http://alquimistascom.blogspot.com/

pela indicaçao do blog educaçao quimica ao selo 100% intradutivel

e as 5 indicaçoes são:

http://biodialogo.blogspot.com/

http://falapraeles.blogspot.com

http://ensinofisicaquimica.blogspot.com

http://hiperlivro.blogspot.com

http://polissofia.blogspot.com

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Quimica na Bahia - Vol.2


E a segunda parte da postagem sobre química na Bahia está aqui, e nesse tópico irei abordar a cultura afro, que veio diretamente da áfrica e é presente e intensa. O candomblé, que é uma religião/cultura, que foi trazido pelos negros africanos, durante a época da escravidão, e passou a ser vista de forma negativa, graças à influência dos portugueses, com sua doutrina católica, e seu medo da difusão da cultura afro.

Um dos fatos retratados pelo ilustríssimo escritor baiano Jorge Amado em seu livro, Tenda dos milagres, é o surgimento do sincretismo. No momento que foi proibido rezar, e cultuar os deuses africanos, houve a criação de uma representação simbólica entre os santos católicos e os orixás, sendo que ela pode ser alterada, em função da cultura local.

Jesus Cristo – Oxalá
São Jerônimo – Xangô
Nossa senhora Aparecida – Oxum
Santa Bárbara – Iansã
Cosme e Damião – Ibeji
Santo Antônio – Ogum (em candomblé baiano, porque em umbanda ele é sincretizado como São Jorge)
São Lazaro – Omolu/Obaluaiê

Entre outros...

E dessa mistura de crenças africanas e européias, surgiu a famosa festa da lavagem das escadarias do Bonfim, a qual tive o prazer de presenciar.

Essa festa é uma celebração religiosa à Oxalá, que começa na igreja da Conceição da praia e termina na colina do Bonfim, onde as baianas lavam a escadaria da igreja com ervas.

Essa tradição vem da mitologia, que conta o dia que Oxalá resolveu sair pelo reino vestido de pobre para conhecer melhor o povo, e nisso foi preso. Depois de um tempo, seu filho Xangô, ao visitar os presos encontrou seu pai, mandou retirá-lo da prisão e o lavou com ervas. Depois de ver o sofrimento de perto Oxalá prometeu que nunca haveria mais miséria em seu reino.

E a química está presente nessa passagem, pois existem as ervas de alecrim, manjericão, laranjeira, e outras em água de alfazema.

O alecrim é um arbusto que tem sua origem do mediterrâneo, ocorrendo de 0 a 1500m , além da religião, ele é muito utilizado na culinária, medicina, e perfumaria , com a produção de água-de-colônia, pois contêm tanino, cânfora, entre outros.

Seu óleo essencial, conhecido como ROSMANINHO, é utilizado em proteção espiritual desde o antigo Egito, para afastar magia negra e proteger o espaço da inveja e má energia.

O manjericão, Ocimum basilicum L., Lamiaceae, é uma espécie de boa produtividade e apresenta algumas classificações, que vão de acordo com seu aroma: doce, limão, cinamato ou canela, cânfora, anis e cravo. Sendo a folha verde, a espécie mais conhecida, e usada como aromatizante, ou condimentos.

Ele é utilizado para extração de óleo essencial, importante na indústria de perfumaria, e na aromatização de alimentos e bebidas.

E nessa brincadeira temos as seguintes substâncias:

Linalol, Eugenol, Cineol, Cânfora, Pireno., Metil Calvicol, Limoneno

A alfazema é uma planta do gênero Lavandula, o cultivo comercial da planta é para a extração de óleos das flores, caules e plantas, que são utilizados como anti-sépticos, em aromaterapia e na indústria de cosméticos.

Seu óleo essencial é bom para combater o stress e tensões nervosas, e fornece alivio de cólicas menstruais e estomacais.

E paramos por aqui, afinal, se quisermos entrar em detalhes quanto a química das comidas de santo, velas, trabalhos, ebós e tudo mais, ainda teremos muita coisa para discutir!