quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Revisitando o passado 2: o empoderamento da cultura afrobrasileira

Hoje é um dia interessante, talvez um daqueles interessantes dias que ocorrem apenas uma vez ao ano tipo natal, páscoa, ou algum outro feriado religioso. Para nós, moradores do Rio de Janeiro, talvez seja um daqueles interessantes dias comuns, desses que ocorrem muitas vezes ao ano como  segunda, terça ou quarta... Não, hoje é quinta. Um dia normal para uns, mas para outros é a segunda quinta feira após o dia de reis. Ou seja, dia da Lavagem do Bonfim.
Hoje é um dia interessante que ocorre num dia interessante comum,  e que na minha história de vida é um dia interessante comum que remete a outro dia interessante comum há alguns anos.
Era lavagem do Bonfim
Eu estava na Bahia
Cursava Química 
Nem sonhava em pensar nadinha de Direitos Humanos. 

Mas um Baiano, "romântico e sensual", chamou minha atenção. Logo virei amigo dele, era Jorge Amado – Ele me mostrou seu Quincas, depois me apresentou a Dona Flor, Tieta... em pouco tempo tinha lido tudo que podia dele. Acho que me apaixonei um pouco pelas histórias, pelas macumbas, pela Bahia.
Fui a Bahia pela primeira vez em 2009.
E trouxe as ideias de trabalhar Química a partir daquilo de bonito que tinha visto.
Tudo pra mim era muito novo, não parava para pensar em Pesquisa em Educação em Química... acho que estava no terceiro período da faculdade. A beleza que se fez em encantamento, iniciada por Jorge Amado e sentida por mim, se transformava. Queria mostrar pra todos que também era bonito aquilo que tinha na Bahia. As comidas de santo, a lavagem do Bonfim. Hoje em dia, um pouco mais estudado, eu digo que busco empoderar culturas excluídas historicamente, mas naquela época eu só queria mostrar “que bonito era” tudo aquilo que a cultura e história afrobrasileira tem. 
Só queria mostrar tudo que eu sentia. 
Nessa escrita eu trouxe 


No primeiro texto que fiz sobre as memórias busquei reescrever um texto machista... nesse texto busco mostrar que naquela época eu já trabalhava a questão afro sem muita teoria sobre, mas trabalhava. Trabalhar com diversidade e direitos humanos já estava apresentado. Sem teorias, mas em um olhar. Olhar que admirava a beleza do outro e buscava o entendimento daquilo que se fazia diferente. 

No mesmo tempo que escrevia um texto com um grande teor de machismo eu escrevia um texto para dar voz e mostrar a beleza da cultura afrobrasileira. O eu acho que teria feito a diferença? O que gerou esse brilho no olhar para a cultura do outro? 

A arte! 

Sobre ela falarei em um outro dia! Mas fica anotada a "Potência da Arte" no trabalho com diversidade cultural. 

Um comentário:

Unknown disse...

Olá Roberto, boa tarde!

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